Final dignoÉ impossível não torcer por Rocky Balboa; o boxeador é carismático e cheio de boas intenções, qualidades básicas para qualquer herói que se preze. Caras legais deste tipo estão em falta, fato que explica o retorno de mocinhos nem tão mocinhos assim, como Indiana Jones e o próprio Balboa. Já reparou como a palavra herói, atualmente, sempre tem de vir depois de super? E a ausência de superpoderes é só um dos motivos para comemorar a estréia de “Rocky Balboa”, sexto longa do boxeador, nos cinemas.
O pugilista desajeitado tem bagagem: O primeiro filme, “Rocky , Um Lutador”, de 1976, ganhou o Oscar de melhor filme, contrariando todas as previsões dos especialistas do ramo. Depois de alcançar o improvável topo, Stallone cotinuou com a saga de Rocky. Sempre com uma luta de vida ou morte no final, vimos o lutador ítalo-americano superar dificuldades e derrubar adversários aparentemente imbatíveis, como Apollo, Clubber Lang e Ivan Drago. No quinto filme da franquia, Balboa virou treinador de boxe e o resultado foi catastrófico.
No sexto capítulo de sua história, Rocky vive uma rotina pacata no subúrbio da Filadélfia, visitando o tumulo de sua mulher, Adrian, e trabalhando em seu restaurante. Tudo muda quando um programa de computador simula uma luta entre Rocky e o atual campeão dos pesos-pesados, Mason Dixon. Para a surpresa de todos, a maquina declara Rocky o vencedor. Procurando melhorar a imagem de Dixon, que, no filme, tem fama de só enfrentar oponentes fracos, os empresários do atual dono do cinturão partem em busca de Balboa e conseguem atraí-lo para o combate.
Analisando “Rocky Balboa”, os primeiros 40 minutos são os que realmente contam. Stallone foi corajoso ao mostrar um lado do lutador que ninguém precisava ver. Rocky está sozinho, tentando conquistar o afeto de seu único filho, mas, no fundo, parece não ter o que almejar. Para onde vai alguém que já teve tudo e perdeu? O que faz alguém que não pode mais praticar aquilo que deu sentido a sua vida? Esse dilemas estão lá, e Rocky vive com eles.
Depois de aceitar o combate, Balboa começa a treinar, e o filme esbarra na repetição. Temos uma nova cena de Rocky subindo as escadas do Museu de Arte da Filadélfia, abdominais, socos e etc.
A luta final é bem realista, mas para saber o resultado você terá de ver o filme.
"Rocky Balboa” não tem os melhores atores, nem o melhor roteiro, mas representa um final digno pra um dos personagens mais cativantes do cinema.
Vale o ingresso.